Fisioterapeuta Oncológico possui recursos que previnem complicações no tratamento do câncer no colo do útero
No mês em que se realiza a campanha Março Lilás, que trata da conscientização sobre a importância de se prevenir o câncer do colo do útero, o profissional de fisioterapia especializado em oncologia é fundamental para prevenir possíveis complicações na região pélvica durante o tratamento da doença. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) o câncer no colo do útero é a quarta maior causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, que projeta uma estimativa de 17.010 novos casos da doença em 2023.
Durante o tratamento do câncer do colo de útero, um dos principais profissionais que atuam para evitar problemas no assoalho pélvico da paciente, desde o diagnóstico, é o fisioterapeuta oncológico. “A atuação desse profissional especializado, desde o início, é de fundamental importância para a qualidade de vida da mulher, que durante o tratamento fica suscetível a efeitos adversos na região pélvica por conta de possível cirurgia, quimioterapia e principalmente a radioterapia”, afirma a professora Ana Karolina Cavalcante, fisioterapeuta e coordenadora do curso na Faculdade Uninta Fortaleza.
Atualmente, a cada 100 mil mulheres, 13,5 desenvolvem a doença que pode trazer problemas como Mucosite Vaginal, Radiodermite, Incontinências urinária e fecal,Linfedema de membros inferiores, além de Estenose Vaginal, que causa o encurtamento e estreitamento do canal vaginal. Todas essas complicações podem dificultar, por conta de fortes dores, a realização de exames ginecológicos e até mesmo a impossibilidade de manter relações sexuais, o que acaba afeta a autoestima feminina gerando impactos emocionais.
Dentre as técnicas utilizadas pelo Fisioterapeuta Oncológico estão exercícios terapêuticos, fortalecimento do assoalho pélvico, massagens, perineal, recursos de eletrotermofototerapia, drenagem linfática manual, além de protocolos de prevenção e tratamento da Estenose. Todos esses recursos auxiliam no tratamento e prevenção das complicações. A reabilitação das pacientes com essa doença deve contar com a presença desse profissional especializado juntamente com os demais profissionais de saúde envolvidos no tratamento clínico desde o início.