O Projeto de extensão Farmácia Viva, da Faculdade Uninta Fortaleza, realiza oficinas de desenvolvimento de enxaguante bucal de alfavaca-cravo e sabonete líquido de alecrim-pimenta a partir do emprego científico junto às plantas medicinais. São preparações caseiras com plantas cultivadas no horto da faculdade para preparação de produtos naturais para a saúde. “É bastante interessante para os alunos compreenderem a utilização de plantas medicinais como recurso terapêutico para a comunidade, desde o cultivo até a produção de fitoterápicos, pontua a professora Lana Vasconcelos, coordenadora do curso de Farmácia.
Nas oficinas de desenvolvimento de preparações caseiras, o projeto capacitou estudantes para a produção e orientação da comunidade de preparações caseiras. Na produção do sabonete líquido de alecrim-pimenta, indicada para tratamento de infecções típicas causadas por fungos e bactérias, os estudantes de Farmácia utilizaram alecrim pimenta e demais insumos. Participaram de todas as etapas da produção, inclusive confecção do rótulo. No preparo do enxaguante bucal de alfavaca-cravo, indicado para tratamento de infecções típicas causadas por fungos e bactérias, participaram alunos de Farmácia e Odontologia, e, da mesma forma, compreenderam o manuseio da planta medicinal e o seu preparo.
Ainda como parte das oficinas, os estudantes discutiram formas de orientação da comunidade sobre a utilização do sabonete líquido e enxaguante bucal. Discutiram aspectos como a indicação terapêutica, forma de armazenamento domiciliar, contra-indicação, dentre outras informações pertinentes.
O Ministério da Saúde e demais órgãos sanitários reconhecem os benefícios terapêuticos das plantas medicinais e sua utilização na promoção da saúde. Essas plantas são, em sua maioria, bastante conhecidas pela sociedade, inclusive muitas pessoas as cultivam em casa, em seus jardins e vasos. O projeto Farmácia Viva da Uninta Fortaleza tem como um de seus objetivos, integrar o saber científico ao popular no âmbito de plantas medicinais. Apesar de existir um movimento para popularizar a utilização das plantas medicinais e seus benefícios, a professora Lana Vasconcelos alerta que devem ser utilizadas com cuidado e sempre acompanhados por profissionais de saúde para garantir a segurança e a eficácia dos tratamentos. “Lembrem-se de que a automedicação, mesmo com produtos naturais, pode representar riscos à saúde, especialmente se não for realizada de maneira adequada e informada. É recomendável procurar um farmacêutico para as devidas orientações.”, diz.